Senhoras e senhores sinto bastante em informar a todos que, infelizmente, ainda vivemos num sistema feudal. É isso mesmo o que é o Estado de Alagoas.
Outro dia, lendo uma manchete de um jornal deste Estado, me chamou a atenção que, na capa, o referido jornal dizia: ALAGOAS: UMA FAZENDA DE CANA!
Como bom alagoano, fiquei aborrecido, pois diminuir a Estrela Radiosa? Quem ousa?
No entanto, hoje, posso perceber que, um Estado não é somente o seu chão, suas belas praias, seus pontos turísticos. Um Estado é também o que seu povo pensa, diz, é o que fazem é como agem e como se defendem. É das atitudes políticas que se constrói uma sociedade justa ou pelo menos de cidadãos de vergonha.
Numa fazenda de cana como é Alagoas, onde a maioria dos seus serviçais vendem seus votos aos mesmos crápulas que depois voltam-se a persegui-los e tolherem-lhes direitos tão primários, sob a pecha de autoridades representativas de um povo mudo, surdo, e cego.
Trabalhadores precisam atear fogo em meio ao centro da cidade para poder se reunir com o seu governo para discutir o descaso do próprio governo contra os manifestantes? É ilógica esta relação! O governo não faz o que a lei determina, a exemplo da data base dos trabalhadores, então os trabalhadores necessitam, ir às ruas para requerer do mesmo governo que este cumpra o que a lei mesmo determinou. Por isso o governo determina que o BOPE desocupe a pista com a chamada “força necessária”...
O fato é que somos nós os únicos culpados destas aberrações quando elegemos estas outras aberrações.
É esta politicazinha de barracão de fazenda que, da casa grande, em seus gabinetes refrigerados e cafés pagos com o dinheiro do povo que eles massacram os trabalhadores deste Estado, que vive para sustentar parasitas.
O que é mais interessante é que, o povo vive em movimento requerendo um pedaço dos seus direitos totais que o Estado não garante e deveria, visto que o Estado pertence ao povo e existe para o povo.
Os governos, bem como todos os patrões deste país deveriam aprender com o próprio capitalismo, de tempo em tempo, socialize-se as migalhas para que o povo não se rebele, pois, quando os que passam fome juntarem se com os sem-teto, os sem-teto com os sem-terra, os sem-emprego com os que ganham mal, os agentes penitenciários com os desabrigados deste país, e todos irem às ruas, não requereremos as migalhas do capital e sim a derrocada deste e de seus duques e duquesa.
Por hora, em menor proporção, falando do sistema prisional falido de Alagoas, dizemos que estas atitudes são tidas como retaliação ao nosso movimento e servem como combustível para mais manifestações publicas, pois, temos uma pauta justa e necessária e vamos em busca.
Lutar é preciso!
Jarbas de Souza
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