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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Agentes acusados, são ouvidos ...

Gazetaweb- com Dulce Melo

O juiz Maurício Brêda ouve, desde a tarde desta segunda-feira (06), agentes penitenciários acusados de integrar um grupo de extermínio e das execuções de Márcio Silva, o “Márcio Ladeira”, assassinado em 14 de julho do ano passado, dentro de casa no bairro Santa Lúcia, e do menor Omir de Oliveira Lima ,de 17 anos, no conjunto Benedito Bentes, ambos em Maceió. O subtenente PM Salomão, ex-diretor do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), além do tenente-coronel Bugarin, intendente penitenciário, e o coronel Paulo Sérgio também foram ouvidos no prédio improvisado do Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro.

Os agentes e o subtenente Salomão foram presos na Operação Águia mediante mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal e cumpridos pela Força Nacional e policiais civis na madrugada do dia 04 de setembro do ano passado.

Ao todo foram presos, em duas operações, os agentes Daniel Lopes Chaves, José Ivanês Bezerra da Silva, Abimael Clemente e Roberto Alves, acusados de assassinar o menor Omir de Oliveira Lima, 17 anos, executado a tiros de pistola no dia 20 de agosto no conjunto Benedito Bentes. Daniel e José Ivanes foram apontados como autores materiais do assassinato do menor. Roberto Alves teria confessado, de acordo com a Polícia Civil, que estava com os demais acusados no Celta, mas sob ameaça. Após depoimento ele foi liberado pela delegada Rebeca Cordeiro, do 8º Distrito Policial (DP).

Já pelo assassinato de Márcio Ladeira foram presos este ano os agentes Alyano da Silva Araújo, Edmar Ferreira da Silva, Germano José Lima Costa, Ítalo Fabiano Rolembergue, Marcos Eugênio Batista, além do ex-diretor do Baldomero Cavalcanti, Wellington Moisés da Silva. Tais prisões seriam uma segunda etapa da “Águia”.

Morte do menor

À época, policiais da Força Nacional (FN) faziam saturação de área quando avistaram o veículo Celta, de cor azul e placa MVI-2998/AL pertencente a Abimael saindo de uma estrada vicinal com acesso a um canavial no conjunto Benedito Bentes.

Indagados sobre o que faziam naquele local, os agentes, segundo os militares da FN, disseram que procuravam um fugitivo do sistema prisional e se identificaram apresentando as carteiras funcionais. Desconfiados, os militares foram fazer buscas e encontraram o corpo do menor. Metade da equipe foi ao presídio e lá obtido a informação de que não havia sido registrada nenhuma fuga. O fato foi informado à Intendência e à Secretaria de Defesa Social (Seds) para providências.

Confiança

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Jarbas Souza, disse no início da noite ter convicção de que todos os agentes seriam impronunciados.

“Não têm provas suficientes contra os agentes. Eles serão impronunciados”- falou com firmeza Jarbas.

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