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sexta-feira, 25 de julho de 2008

Estado desenvolve campanha contra tuberculose nas prisões

JB Online

É companheiros, mas infelizmente pra todos nós, não é em Alagoas; entretanto, fica a sugestão para nosso Estado fazer o mesmo. Pelo bem dos detentos e dos Agentes Penitenciários.
Vejam como se transmite e vão perceber, quem ainda não acordou, o risco que corremos...

RIO DE JANEIRO - A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), através da Coordenação de Gestão em Saúde Prisional, iniciou em todas as unidades prisionais do estado a campanha Busca Ativa à Tuberculose, para combater a doença no sistema carcerário. O programa teve o pontapé inicial este mês, na Penitenciária Moniz Sodré, em Gericinó.
A campanha é formada por uma força-tarefa da área de saúde, que vai visitar as unidades para esclarecer os detentos sobre as formas de contágio, prevenção e, principalmente, realizar o exame de escarro para identificar se o interno, que apresenta os sintomas iniciais, está infectado pelo bacilo da tuberculose.
De acordo com o coordenador de saúde prisional, Carlos José Vasconcellos, a tuberculose é uma doença presente no mundo carcerário, até em países desenvolvidos. Com esta campanha, estima-se reduzir em mais de 70% os casos no sistema penitenciário do Rio.
- Começamos um trabalho de campo nas unidades prisionais, através de pesquisa e conversa com os detentos sobre a doença. Também realizamos exame clínico, além de uma campanha de conscientização sobre a tuberculose. A idéia é que com a identificação precoce da doença e posterior tratamento, evitemos a contaminação de outros presos – esclarece o coordenador de saúde.
Ainda de acordo com o coordenador de gestão em saúde prisional, a avaliação para identificar a tuberculose era feita quando o detento apresentava algum sintoma e procurava orientação médica. No entanto, nos últimos seis meses, a análise começou a ser feita quando o preso ingressava no sistema penitenciário, paralelamente a exames para detectar outros tipos de doenças.
- Decidimos fazer a análise antes de o preso entrar no sistema, porque muitas vezes as pessoas têm a doença, não sabem e acabam transmitindo a outros ao seu redor. Em média, cada doente pode contaminar de 10 a 20 pessoas – revela Vasconcellos, acrescentando que a qualidade de vida fora dos muros da prisão foi um fator importante para o diagnóstico passar a ser realizado de forma sistemática.
- Geralmente eles são pobres, muitos não se alimentam de forma adequada, são usuários de drogas e tem vida promíscua. Tudo contribui para a contaminação. Eles já chegam doentes e lá podem transmitir a doença para outros internos. Temos que evitar que isso aconteça – alerta o médico.
Somente no primeiro dia da campanha foram realizados cerca de 240 exames de escarros para fazer o diagnóstico da tuberculose, apenas na penitenciária Moniz Sodré. A previsão é a de que em quatro meses serão realizadas cerca de 23 mil entrevistas, englobando todo o sistema carcerário.
O que é a tuberculose? - Doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Quais os sintomas? - Alguns pacientes não apresentam nenhum indício da doença. Outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados. Os mais freqüentes são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, que se transforma em uma tosse com pus ou sangue. Cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração são outros sinais evidentes da doença. Em casos mais graves, o paciente também apresenta dificuldade na respiração, eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão).
Como se transmite? - É direta e ocorre de pessoa para pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch desenvolvem a doença. Portadores de HIV, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, usuários de drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose. As populações mais vulneráveis à doença são as comunidades pobres que vivem em centros urbanos, de rua, albergados e migrantes ilegais.
Como tratar? - O tratamento dura cerca de seis meses. Geralmente, são usados três tipos de antibióticos, administrados por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. Quase todos os pacientes que seguem o tratamento corretamente são curados.
Como se prevenir? - É necessário imunizar as crianças de até quatro anos, obrigatoriamente as menores de um ano, com a vacina BCG. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente ambientes fechados, ("SE FORMOS FAZER ISSO, VAMOS ABANDONAR O PRESÍDIO...") e não utilizar objetos de pessoas doentes. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina.

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