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domingo, 22 de junho de 2008

Milho cultivado em presídio é distribuído para familiares de reeducandos

Além do escoamento da produção da Horta Orgânica do presídio, a doação do milho reflete também o estabelecimento de um bom relacionamento entre as famílias dos reeducandos e a unidade prisional


O dia de visita no Presídio Desembargador Luis de Oliveira Sousa, no município de Arapiraca, ganhou uma celebração especial nesta quinta-feira, dia 19, com a distribuição de mais de 10 mil espigas de milho para familiares dos reeducandos daquela unidade prisional.


As espigas foram colhidas nesta quarta-feira, 18, da Horta Orgânica do presídio. Esta foi a segunda colheita desde o início do cultivo do milho na área. A primeira aconteceu no início da semana e foi destinada para consumo dos 196 detentos do estabelecimento prisional.


De acordo com o coordenador do Programa Agropecuário da Intendência Geral do Sistema Penitenciário, Claudio Mariano, o cultivo do milho pelos reeducandos que trabalham na horta orgânica de Arapiraca teve início há três meses e a previsão é de que nas próximas semanas uma quantidade maior produto seja colhida.


“Desta vez colhemos uma grande quantidade de milho e para não perder a produção, uma vez que não pode ficar armazenado por muito tempo, estamos distribuindo para os familiares dos reeducandos”, explicou. Cada familiar está recebeu hoje 50 espigas de milho.


No presídio de Arapiraca, toda área externa do presídio — uma média de 50 tarefas de terra — é utilizada para o plantio de feijão, milho, frutas e verduras. Para o cultivo do milho é destinada uma área de dez tarefas. Todo material colhido é utilizado na alimentação de reeducandos. A média mensal de produção do Programa Agropecuário dos presídios é de 5,5 mil quilos de produtos.


Os trabalhos na horta orgânica acontecem de segunda a sexta-feira. Mais da metade da população carcerária do presídio de Arapiraca — 110 reeducandos - trabalha no projeto laboral agropecuário. Com o trabalho, os detentos são beneficiados com uma ajuda de custo e a remissão da pena, onde cada três dias trabalhados é reduzido um da pena.


“Em Arapiraca estamos com toda a área disponível sendo cultivada. Em Maceió a área de cultivo é menor, mas, num total, já conseguimos colher 27 mil quilos de frutas e verduras. Nossa expectativa é de ampliar o cultivo em Maceió e, com isso, poder atender um número maior de reeducandos”, destacou Mariano.


O Programa Agropecuário é um dos projetos desenvolvidos pela Intendência Geral do Sistema Penitenciário (Igesp) visando a ressocialização de presos no Estado de Alagoas. Além da agropecuária, os programas laborais na área Industrial e de Artesanato proporcionam aos reeducandos a oportunidade de aprenderem uma nova profissão enquanto privativos de liberdade.


Nas próximas semanas, há previsão de nova colheita de milho. A expectativa é de que, após retirada a quantidade para alimentação de presos, os produtos cultivados pelos reeducandos beneficiem novamente os parentes dos detentos.



Fonte: Agência Alagoas

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