SINASPEN-AL

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sábado, 14 de junho de 2008


Muito se tem a dizer sobre o Sistema Prisional Alagoano, a começar da portaria onde não há revista ou qualquer controle, passando por todas as unidades prisionais e chegando até a Administração daquele espaço público.
Muitas também são as entidades que opinam sobre o Sistema, desde a OAB, as entidades dos Direitos Humanos, o Juiz da Execução Penal, o Governo do Estado e por óbvio os Agentes Penitenciários; estes, os agentes, são os que realmente deveriam ser ouvidos para se tratar de sistema prisional, pois são os únicos que "seguram" o sistema e estão diuturnamente na lida prisional.
Ocorre que desde o Sistema recebeu novos servidores, desta vez concursados, com formação e com vontade mudar décadas e décadas de erros que ocorrem ali. O embate entre agente e direções começou, neste um ano, estruturalmente pouco ou nada mudou. Os agentes foram obrigados a lutar por sua carteira funcional, pelo adiconal de periculosidade, pelo adicional noturno e permanecem lutando por melhores condições de trabalho (armamento, munição não letal, guaritas decentes entre outros).Na semana que se passou, o que se viu foi a indignação de uma categoria que luta pra trabalhar, ironico, lutamos pra conseguir trabalhar. Porque sem segurança é impossível, o dia todo no sol em cima de uma laje em uma guarita improvisada é impossível, fechar o módulo com quase 200 presos com um parafuso é impossível, deter uma fuga onde os presos já saem de dentro da unidade prisional mais bem armados do que os Agentes é impossível.É assim que vivemos dia após dia no sistema, o movimento grevista é a nossa última alternativa, estamos a um ano e meio pedindo coisas básicas, que nos são garantidas por Lei. Esperamos que dessa vez as coisas caminhem, mas não dá mais pra se pautar por promessas e é por isso que continuamos em estado de GREVE, podemos e vamos parar a qualquer momento. Assim permaneceremos em GREVE enquanto as reivindicações não forem resolvidas.

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