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sábado, 9 de fevereiro de 2008

PF apreende celulares e nootbook com presos da Carranca


Na manhã deste sábado, agentes da Polícia Federal (PF), liderados pelo delegado Daniel Granjeiro, realizaram uma operação no Presídio Baldomero Cavalcante e apreenderam quatro celulares e um nootbook com os presos da Operação Carranca. A ação aconteceu depois que integrantes do Ministério Público Federal (MPFP) foram informados sobre a existência desses objetos em posse dos oito presos, o que não é permitido pela Legislação carcerária.

A Legislação veda esse tipo de objeto em posse de detentos porque eles facilitam a comunicação com grupos externos. Realidade que pode resultar no desencadeamento de tramas para fugas, ou na montagem de esquemas que visem ceifar a vida de pessoas que estejam em liberdade, como vem ocorrendo com freqüência no Sistema Prisional Alagoano.

De acordo com informações obtidas pelo Tudo na Hora, junto a uma fonte do MPF, a operação da PF aconteceu de forma sigilosa. O objetivo foi coibir o acesso dos acusados de roubarem recursos federais à figurões que teriam ligação direta com o crime organizado.

Operação Carranca
A Operação Carranca foi desencadeada no dia 12 de novembro de 2007 e prendeu 21 acusados de integrarem a organização criminosa que lesavam a administração pública, protagonizavam fraudes em licitações e lavavam dinheiro público destinado a 12 municípios alagoanos. Os presos foram levados para a carceragem da PF em Maceió, localizada no bairro de Jaraguá e, posteriormente, transferidos para o Presídio Baldomero Cavalcante, em uma ação que foi articulada pelo MPF.

Segundo o procurador da República que atua em Arapiraca, Rodrigo Cavalcante, o fato de algumas delas já estarem em liberdade não as livra de serem denunciadas. “Essas pessoas não estão mais custodiadas, mas não significa que não possam vir a ser denunciadas pelo crimes pelos quais estão sendo investigadas”, explicou à reportagem do Tudo na Hora, durante a soltura de alguns investigados.

A investigação, feita em 12 municípios alagoanos, teve a participação do MPF, Controladoria Geral da União (CGU), Receita Federal, PF e da 8ª Vara da Justiça Federal, esta última responsável pelos decretos de prisão. O montante desviado no esquema seria de cerca de R$ 20 milhões e os desvios aconteceram principalmente com fraudes à licitações.

As investigações foram iniciadas em fevereiro de 2006 e apuram irregularidades ocorridas no período de 2005 a 2007. A Justiça Federal determinou também o seqüestro de 31 imóveis e 35 veículos, além do bloqueio de 18 contas bancárias.


Fonte: Tudo na Hora

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