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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Agentes penitenciários do RN decidem fazer paralisação a partir de sábado

Rodrigo Sena- Tribuna do Norte

Os agentes penitenciários do estado vão entrar em greve a partir do próximo sábado, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada ontem pela categoria, em plena galeria da Assembléia Legislativa, pelo fato de o governo do Estado não ter mandado para os deputados uma mensagem com o reajuste de 25% no salário dos servidores.

Com isso, devem trabalhar nos presídios do RN somente 30% dos 438 carcereiros do Estado. “Vamos manter somente os serviços básicos como o fornecimento de água e alimento.

Segundo Santiago, ficou definido ainda durante a votação do Orçamento Geral do Estado, em dezembro do ano passado, que a mensagem seria enviada e votada ainda na primeira semana de atividade dos deputados estaduais, após a volta do recesso. “Fomos à Assembléia já sabendo que o projeto não havia sido enviado, por isso fomos votar o indicativo de greve”, disse o sindicalista.

O presidente do sindicato conta que há um sentimento de revolta na categoria, porque o sistema penitenciário não está funcionando corretamente. “Nossa função hoje vai além de abrir e fechar celas. Registramos os presos, acompanhamos até as audiências, convivemos com assassinos, estupradores, assaltantes, traficantes, e por isso é justificado o reajuste da categoria”, disse Carlos Santiago.

O sindicalista alega ainda, que o número de agentes penitenciários está bem abaixo do mínimo aceitável, e que por isso, muitos servidores estão estressados, pelo clima de tensão nas unidades. Segundo ele, na penitenciária de Alcaçuz, por exemplo, quatro carcereiros trabalham por turno, cuidando de 521 presos apenados e provisórios.

A TRIBUNA DO NORTE tentou ouvir a palavra do secretário estadual de Justiça e Cidadania, Leonardo Arruda, e o corrdenador do Sistema Penitenciário, capitão José Deques, mas eles não responderam aos telefonemas. Durante a paralisação, os agentes deverão se manter em frente às unidades prisionais em que trabalham. Eles dizem que só voltam ao serviço, depois que for votada a mensagem com o aumento de 25%.

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