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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

GOVERNADOR NÃO FALA COM AGENTES POR FALTA DE UM OFÍCIO....KKKKKKK




FONTE: AL24H


Após uma caminhada realizada esta manhã pelas ruas do Centro de Maceió, cerca de 200 manifestantes – entre agentes penitenciários e professores da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) – estiveram, na tarde desta quinta-feira, 18, no Palácio República dos Palmares para serem recebidos pelo Governador Teotonio Vilela. No entanto, o encontro esbarrou na burocracia.

Por intermédio do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, o secretario do gabinete civil, Álvaro Machado, informou que para ocorrer à audiência com Téo Vilela seria necessária à apresentação de um ofício, já que, o governador não estava no Palácio.

“Estamos preocupados em resolver o problema, mas parece que o governador pensa o contrário, já que, não cogita a possibilidade de cumprir o acordo feito com a categoria. Desde que iniciamos as negociações, foram emitidos cerca de 30 ofícios e nunca conseguimos uma audiência com o Téo. O caso só será resolvido quando houver um problema maior no sistema prisional, como, por desventura a morte de um reeducando. E se isso ocorrer à culpa cairá sobre nós, mas o que as pessoas não vêem é que o canal aberto para negociações”, afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Jarbas de Souza.

Os agentes penitenciários denunciam ainda que estão sendo ameaçados e sofrendo assédio moral por parte da direção do Sistema Prisional além de apontar a total falta de estrutura dos presídios.

“Estávamos mantendo 30% do quadro de pessoas trabalhando, realizando a segurança do sistema, alimentado os presos, entre outros. Apenas não estávamos mesmo realizamos as revistas, mas não impedimos a entrada da PM para fazê-la. Então foi emitido um ofício afirmando que os agentes que não realizasse a revista poderiam ir embora. E ainda afirmaram que sairíamos por bem ou por mal”, conta um agentes – que não quis se identificar.

A greve dos agentes penitenciários chega ao 13° dia e prossegue por tempo indeterminado até que o governo cumpra o acordo de 9,11% relativos ao reajuste salarial para a categoria.

“Se fosse uma rebelião o judiciário, Ministério Público e OAB se manifestariam. Como são os agentes penitenciários todos se calam”, finalizou Jarbas de Souza.


Precariedade

Os agentes penitenciários contam que amargam as dificuldades causadas pela infra-estrutura precária no sistema prisional. Falta de armamento, equipamentos de trabalho, esgoto a céu aberto, celas com ratos e escorpião foram os principais problemas apontados pela categoria.

“Trabalhamos sem estrutura. Até as bombas de gás estão vencidas – segundo o fabricante - caso seja utilizada fora da validade se tornar letal. O agente penitenciário alagoano aceita porque se houver uma rebelião usamos o que temos. Os presos também sofrem, pois convivem com ratos e escorpião. A única coisa que queremos é trabalhar dentro da legalidade e da proporcionalidade” afirma um agente.


Uneal

Há 10 dias, os professores da Uneal pararam suas atividades. A greve se deu devido ao descumprimento do governo com relação ao reajuste salarial de 16,8% previsto em um projeto de lei sancionado pela Assembléia Legislativa de Alagoas em julho deste ano. A categoria reivindica ainda a implantação do Plano de Cargos e Carreiras – PCC e a realização do concurso público.

No próximo dia 30, os grevistas realizam um novo ato público pelas ruas do Centro de Maceió que contará com o apoio de diversos movimentos sociais e sindicais de Alagoas.

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