Visitas continuam suspensas no sistema

A greve dos Agentes Penitenciários, deflagrada na última quarta-feira, continua impedindo as visitas de familiares nos presídios de Maceió. Na manhã deste domingo, a todo instante, familiares chegam nas unidades prisionais com a esperança de que a entrada seja liberada.

A principal pauta desta greve, de acordo com o sindicato, é a questão salarial, uma vez que, o outro ponto debatido pela categoria, a estrutura do sistema prisional já está sendo solucionado por intermédio do Ministério Público.

O reajuste pedido da categoria, de acordo com o Presidente do Sindicato dos Agentes, Jarbas de Souza, é mais de 80%, que daria em média a base da Secretária de Defesa Social. Alguns serviços foram suspensos como a banho se sol, visitas e as saídas. Ainda de acordo com o presidente, as escoltas judiciais, alimentação e casos urgências de saúde serão mantidos. A categoria está mantendo mais dos 30% dos serviços obrigados por lei.

Famílias revoltadas

Enquanto os agentes reivindicam as melhorias salariais, quem mais sofre com a paralisação são os familiares dos reeducandos. Hoje pela manhã, mulheres, mães e irmãs de detentos tentando a todo custo entrar no presídio Baldomero Cavalcante. Muitas delas dizem que estão sofrendo em saber que os familiares que estão cumprindo pena não estão tendo direito nem ao banho de sol, ficando o dia inteiro dentro das celas.

A esposa de um dos detentos, Maria Goreti Aciolu, estava revoltada com a situação. Segundo ela, a direção do presídio informou que mesmo que as visitas não estivessem sendo permitidas, pelo menos elas poderiam entregar os alimentos que levaram para os presos. "Isso é um absurdo. Ele finge que vai liberar, mas os agentes não cumprem as ordens", reclama.

Segundo os agentes penitenciários, a greve não é apenas para reivindicar a melhoria dos salários da categoria e sim uma maior atenção das autoridades para o sistema que necessita de maior estrutura e segurança.

Enquanto o impasse entre agentes e governo não chega ao fim, o clima é de revolta entre os familiares dos reeducandos.

Fonte: AL em tempo real