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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Nova rebelião no presídio Baldomero Cavalcanti

Os presos voltaram a se rebelar no ínício da noite deste domingo no presídio Baldomero Cavalcanti, no Tabuleiro do Martins. De acordo a direção da casa, cerca de 160 detentos dos módulos 4 e 5 promoveram quebra-quebra e queimaram colchões. Quatro módulos foram destruídos e estão sem energia elétrica. Integrantes do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Alagoas invadiram o presídio e foram ouvidos tiros disparados no interior do prédio. Segundo informação, haveria feridos. Antes de o Bope entrar no prédio, agentes penitenciários e representantes da Polícia Militar tentaram conversar com os reeducandos. O motivo da rebelião ainda não foi informado. Sabe-se que no período da manhã, durante a revista nos visitantes, foi encontrada parte de uma arma de fogo com uma mulher. A prisão dela e a apreensão do objeto teriam gerado insatisfação entre os detentos, o que teria provocado o motim. Familiares de presos ficaram do lado de fora, preocupados, aguardando o desfecho da operação do Bope. Uma mulher, que não quis identificar-se, disse que a revolta dos detentos também tem a ver com "privilégios" que estariam tendo familiares dos presos envolvidos na "Operação Carranca", transferidos para o Baldomero há cerca de uma semana. "Eles entram sem ser revistados, enquanto a gente tem que passar por esse constrangimento. Não entendemos a razão dessa discriminação" - disse a visitante. Transferência Por volta das 19h15, o cel. PM Luiz Bulgarin, intendente do sistema penitenciário, deixou as dependências do Baldomero para falar com a imprensa. Ele disse que a rebelião estava controlada e que 21 detentos seriam transferidos para o presídio Cyridião Durval, o que aconteceu pouco depois. Ele não fez comentário sobre os tiros ouvidos do lado de fora quando da entrada dos homens do Bope no interior do presídio. Se há feridos, a situação deles não deve ser grave, uma vez que não foi chamada ambulância para o local. É provável que ferimentos tenham sido causados por balas borracha. Nesse caso, o atendimento é na própria enfermaria do Baldomero. Após a entrevista de Bulgarin, explosões de bombas de efeito moral foram ouvidas pelos jornalistas e cinegrafistas que foram fazer a cobertura da rebelião. Mulher liberada A mulher presa pela manhã não teve sua identidade revelada. Ela foi liberada pela polícia após ser levada para uma delegacia. A justificativa é de que foi flagrada apenas com um cano de revólver, o que não caracterizaria crime. Além disto, não havia quem fizesse o boletim de ocorrência na delegacia, devido à greve dos policiais civis.

(Gazetaweb - Adelaide Nogueira)

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