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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Rebelião no Baldomero termina e 21 detentos são transferidos para o Cyridião


Após mais de sete horas os agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) conseguiram controlar a rebelião no Presídio Baldomero Cavalcante. A revolta dos detentos começou depois que uma mulher tentou entrar no módulo quatro, para visitar o preso Jurandir Ferreira da Silva, com parte de uma arma. Com os ânimos acalmados, pelo menos de acordo com a Intendência Penitenciária de Alagoas (IPA), 21 detentos, que teriam arquitetado a rebelião, foram transferidos para o Presídio Cyridião Durval.

Durante as negociações, momentos de tensão foram registrados pelo Tudo na Hora, já que familiares dos cerca 541 presos do Baldomero protestavam contra a forma, segundo eles, desrespeitosa, como o diretor do presídio, capitão Alencar, estaria tratando os presidiários. Isso porque, segundo denunciaram, os oito orelhões tiveram os fios cortados para que os detentos ficassem sem comunicação e, depois da morte do agente penitenciário Manoel Messias Júnior, os espancamentos têm sido freqüentes.

O detalhe é que o Baldomero Cavalcante possui capacidade para abrigar 444 detentos mas, atualmente, mantém 541, ou seja, 97 a mais que a capacidade máxima. A informação foi revelada, ao Tudo na Hora, por um agente penitenciário que preferiu não ter a identidade revelada. “Isso [Baldomero Cavalcante] é uma bomba relógio que explode paulatinamente. Se ninguém tomar providências irá resultar em uma tragédia”, evidenciou o agente penitenciário.

Ainda segundo os familiares, os agentes do Bope teriam reprimido os protestos feitos durante todo o domingo atirando balas de borracha para o alto e contra a multidão, além de atear gás de pimenta contra mulheres e crianças. “A falta de respeito com a gente é imensa, porque se nossos maridos estão aqui é porque têm que pagar pelo crime que cometeram, mas não podem ser espancados. Também protesto contra a direção do presídio, que não tem o direito de tratar a gente como marginal”, frisou indignada a mulher de um dos presidiários, que também preferiu o anonimato.
Favorecimento
Os familiares também denunciaram, ao Tudo na Hora, que os parentes dos detidos durante a Operação Carranca, transferidos da sede da Polícia Federal (PF), em Jaraguá, para o Baldomero Cavalcante, têm regalias durante as visitas. “Todas nós chegamos aqui às 4 da manhã, trazendo nossos filhos, e ficamos no sol até às 10 horas, quando as visitas são liberadas. Ao contrário dos parentes dos presos da Carranca, que chegam aqui e entram por outro portão. Será que eles são melhores do que nossos maridos, apenas porque usam gravata?”, questionou indignada a mulher de um detento.

O diretor do Baldomero Cavalcante não soube explicar qual a motivação para a rebelião e frisou que tudo estava contornado, contradizendo os familiares dos detentos, que denunciavam a prática da tortura nos módulos do presídio. “Está tudo sobre controle e estamos transferindo os mentores para o Cyridião Durval”, frisou. Ao ser questionado pelo Tudo na Hora sobre a suposta regalia que os familiares dos presos da Carranca teriam, durante as visitas, mostrou-se irritado e preferiu o silêncio.
Fonte: Tudo na Hora

2 comentários:

  1. Sabemos o quanto você tem tentado agir da maneira mais eficiente e justa, todos apoiamos você em suas atitudes, vai Capitão Salscinha, você tem nosso apoio, nas torturas, espancamentos e regalias de preso!

    VAI SALSICHA!

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  2. Entre esses reeducandos que foram transferido para o Cyridião Durval, está o famoso Eraldo do Gás. E bom lembrar que aquela unidade para qual ele foi transferido e mais vulnerável a fugas, e a resgates. Talvez essa transferência tenha sido o que ele queria. Ele e um bandido altamente pericuroso e que age por estrategia.

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