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sábado, 8 de dezembro de 2007

Os telefones da morte

Muitos dos crimes (assassinatos, seqüestros e tráfico de drogas) praticados em Alagoas, são acertados e ordenados de dentro das unidades prisionais. Somos o único Estado do país onde orelhões foram distribuídos em todos os módulos de um presídio. Isso acontece no Presídio Baldomero Cavalcante, uma aberração, um atentado à cidadania. A instalação de telefones dentro da cadeia foi uma exigência de facções criminosas e alguns defensores de Direitos Humanos de Bandidos. Por isso enquanto tiver espaço irei mostrar que ações deste tipo trazem dois resultados: a violência nas ruas e a satisfação ou até mesmo orgasmo daqueles que defendem que a sociedade seja penalizada no seu cotidiano por marginais que seriam o fruto do descaso de quem trabalha, estuda, produz e até mesmo vive desempregado, mas que nunca furtou, nunca se colocou à margem da lei.
Esses “avanços” deixaram o crime satisfeito. Enquanto o Governo alardeava aos quatro cantos que havia abalado o crime organizado, os desorganizados se aproveitavam do vácuo e passaram a infestar nossas ruas. Sou repetitivo porque os crimes se repetem numa ordem alarmante. Não faz muito tempo que se dizia que era melhor ficar em casa, porque a rua representava um perigo. No momento atual tanto faz. O assalto acontece dentro de casa, na igreja, na farmácia, no consultório. Estamos acuados por grupos criminosos, saqueadores.
Quando o homem (ou mulher) se envolve num crime e é preso, ele passa a perder a principal regalia que o cidadão pode ter. O direito de ir e vir, assegurado na nossa Carta Magna. Some-se a isso outras perdas. Devia ser assim. Colocar a disposição de facções criminosas telefones, bebidas alcoólicas e outras drogas, é rasgar todas as restrições impostas a quem comete crimes. É fazer com que o detento sinta-se num ambiente onde ele pode manter contato externo a hora que bem entender.
Essa regalia que não é prevista em lei, só teve um reflexo até agora, elevou o número de crimes cometidos aqui fora. Os acertos de conta.
Mas será que os moços que lutaram e conseguiram implantar os telefones dentro da cadeia só pensam no bem estar de quem mata, de quem rouba. A nossa justiça, o Ministério Público, a OAB, porque todos silenciam sobre a matéria?
Breve divulgo os números dos telefones usados pelos presos dentro da cadeia, já conhecidos como “Disk crime”.
A principio não faz nenhum sentido impedir a entrada de telefone celular no presídio Baldomero Cavalcante. Ora os orelhões estão lá para serem usados 24 horas. E a lei diz que é proibida a comunicação do preso com a área externa através de qualquer meio, mas eu posso estar enganado, se for, por favor, me corrijam.
E você e eu que juntos pagamos mais de mil reais por cada preso, que escutamos relatos dramáticos de pessoas assaltadas, seqüestradas, estupradas. Como você se sente? O argumento de que as serpentes que nos atacam em toda parte são somente vítimas do sistema é verdadeiro? Devemos ou não assumir a tal culpa e abrir nossas portas para que eles levem tudo, entregar a eles o que conseguimos com tanto sacrifício?Abrir os braços e pedir pra atirar!
Ou não silenciar, e no mínimo gritar:
“Nos respeitem, nos somos a parte que precisa de proteção”.

Fonte: Tudo na Hora por Jeferson Morais

Um comentário:

  1. Faz um bom tempo que coloco mensagens no fórum do pciconcursos e na comunidade de agentes no orkut. Sempre afirmei ser crime previsto no CP e na LEP, desde maio faço estas denúncias.
    Até que enfim, tem mais gente vendo!!

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