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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Marcelo Tadeu diz que só fala com governador


O juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu Lemos, em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quinta-feira, afirmou que não irá mais falar sobre a situação do sistema prisional de Alagoas ao secretário de Defesa Social, general Sá Rocha, nem com o intendente-geral do Sistema Penitenciário, tenente-coronel Luiz Bugarin. Segundo Tadeu, estas conversas “não têm mais sentido”.
Marcelo Tadeu afirmou que irá exigir a separação de presos condenados daqueles sub judice, em cumprimento à Lei de Execuções Penais e à Constituição Federal. O juiz reconheceu que esta separação irá superlotar as unidades com presos provisórios, mas segundo ele, “se estourar, é problema do Executivo”.
Segundo a assessoria da Intendência de Administração Penitenciária, atualmente existem 50 reeducandos provisórios do Cyridião Durval, que foram transferidos para lá após a rebelião no Presídio Baldomero Cavalcanti, ocorrida no dia 16 de dezembro e que deverão voltar após a reconstrução dos módulos da unidade prisional, prevista para o final deste mês.
Marcelo Tadeu disse que todos sabem por onde entram as armas e as drogas nas unidades prisionais. De acordo com o juiz, estes objetos seriam levados por parentes dos reeducandos por meio da administração, graças a profissionais corruptos.

Bugarin

O tenente-coronel Luiz Bugarin, intendente-geral da Administração Penitenciária, reconheceu os problemas da junção entre presos condenados e provisórios. Quanto à informação de que o reeducando Adriano dos Santos Oliveira, o Cateano, teria pago R$ 100 mil para que agentes facilitassem a fuga de 11 reeducandos, ocorrida no último dia 31, e que resultou na morte de dois presos, Bugarin disse que foi aberta uma sindicância administrativa para apurar o que houve de fato, mas já anunciou o afastamento dos três agentes que estavam fazendo a guarda na laje do presídio no momento da fuga.

Bugarin informou, ainda, que encaminhará ainda hoje ofício ao delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Alberto Reis, solicitando que ele nomeie um delegado especial para presidir o inquérito que investigará a fuga. O caso está sob a responsabilidade o delegado Egivaldo Lopes de Messias, titular do 10º Distrito Policial.


Fonte: Alagoas 24 horas

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