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sexta-feira, 14 de março de 2008

Detentas denunciam irregularidades no Sistema Prisional

O juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, já está preparado para encaminhar as denúncias das detentas do Presídio Santa Luzia para o Conselho Estadual de Segurança. Em depoimentos gravados pelo próprio juiz, no início deste mês, elas contaram que chegaram a ficar nuas na frente de agentes do Grupamento de Ações Penitenciárias.
Segundo as próprias detentas, uma delas desmaiou quando soube que teria que ficar nua e foi "arrastada como um animal". Depois que elas tiraram toda a roupa, alguns agentes ainda chegaram a fotografá-las com o uso do celular.
As detentas ainda contam que a direção do presídio ordenou que os agentes (homens e mulheres) entrassem "batendo" nas reeducandas. O fato aconteceu no dia 3 de março, quando elas fizeram um motim em protesto pela alteração dos horários do uso do orelhão.
Na época, a equipe do Tudo na Hora conseguiu contato com a diretora do presídio, Silma de Oliveira, que explicou que um grupo de reeducandas chegou a se exaltar e queimou colchões porque a direção diminuiu os horários de permissão das ligações telefônicas.
Antes, as detentas podiam fazer ligações de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h30 e, depois do dia 3 de março, as reeducandas só ficaram autorizadas a ligar nas quartas-feiras, das 9h30 às 17h.
O intendente Penitenciário, Luiz Bugarin, negou as denúncias e enfatizou que nenhuma irregularidade dita pelas detentas aconteceu. Mesmo assim, o juiz Marcelo Tadeu, afirmou que, independentemente de apurar o ocorrido, o Estado precisa desmilitarizar o Sistema Prisional.

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