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terça-feira, 25 de março de 2008

Presos da Bengala estão no Baldomero e Santa Luzia

Bengala: funcionários do INSS, Correios e Receita, além de ciganos, estão entre os presos

Em entrevista concedida, agora há pouco, na sede da Polícia Federal, os delegados Cristiano Sampaio e Sandro Augusto e o gerente regional do INSS, João Maria, falaram sobre a Operação Bengala, deflagrada na manhã de hoje nos municípios de São Miguel dos Campos, Barra de São Miguel, Teotônio Vilela, Penedo, Feliz Deserto, Junqueiro, Campo Alegre, Arapiraca e, em Maceió, no distrito de Ipioca.

Entre 20 presos na Operação estão três funcionários dos Correios, um funcionário da Receita Federal, uma funcionária do INSS, um funcionário de um cartório, seis ciganos e outras seis pessoas. Mais duas prisões aconteceram, não por envolvimento na fraude que, ao longo dos últimos três anos desviou cerca de R$ 2,5 milhões do INSS, mas por posse de arma e facilitação real.

Os presos já foram conduzidos para o sistema prisional de Alagoas e responderão pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato qualificado, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos.

Os nomes dos presos não foram divulgados, de acordo com Cristiano Sampaio, que comandou a Operação, que controu com 130 policiais federais, pois o inquérito corre em segredo de Justiça.
Sampaio explicou que o grupo possuía um mentor, responsável por gerenciar todas as ações dos envolvidos, que começavam com o recolhimento de documentos para se dar início à fraude. A quadrilha pagava de R$ 200 a R$ 300 para que idosos ajudassem no golpe.

Funcionamento da Fraude

Os fraudadores compravam certidões de nascimento, em cartórios de registro civil, para supostos idosos com idade igual ou superior a 65 anos, a fim de obter o benefício denominado Amparo Assistencial do Idoso. Em seguida, contatavam servidores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e da Receita Federal, a fim de conseguir CPFs para os “idosos” e providenciar Carteiras de Trabalho e Previdência Social com servidores de prefeituras. Eram utilizadas fotos de idosos aliciados pela quadrilha.Ao servidor do INSS competia receber a documentação fraudada e inserir os dados no sistema informatizado da Previdência Social, a fim de que os Amparos Assistenciais aos Idosos fossem concedidos.

Fonte: Alagoas em Tempo Real

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