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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Agentes penitenciários ameaçam parar na próxima quinta-feira


De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas, Jarbas Souza, já foi protocolado na sede Intendência Penitenciária do Estado um documento informando sobre a paralisação dos agentes, na próxima quinta-feira, dia 25 de outubro, caso não avancem as negociações com o Governo.
Os agentes penitenciários tinham uma reunião agendada com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), na manhã de hoje, mas Vilela cancelou a audiência por conta de sua agenda.
A reunião foi transferida para sexta-feira pela manhã, mas ainda sem horário definido. De acordo com Jarbas Souza, os agentes foram informados do cancelamento da audiência com o governador no fim de semana. Souza lamentou o fato.
Ele e diversos agentes penitenciários se encontram – neste momento – na Praça Floriano Peixoto, em frente à sede do Governo do Estado, tentando pressionar para o andamento das negociações. “O presidente da Assembléia Legislativa, Antônio Albuquerque (Democratas) disse que se o governador não nos recebesse, nós poderíamos acampar no parlamento, que ele trancaria a pauta. Nós vamos fazer isto, caso o governador não nos receba”, destacou.
Os agentes penitenciários cobram – conforme Jarbas Souza – melhores condições de trabalho, diante dos riscos da profissão; e cumprimento da data base. “Nós queremos a equiparação com o piso dos policiais civis, já que as profissões são correlatas”. Atualmente, os agentes recebem R$ 950. Caso consigam a equiparação, o salário passa para R$ 1.330.
No documento que informa sobre a possibilidade de greve, o Sindicato dos Agentes Penitenciários denuncia que processos administrativos e diversas sindicâncias instaladas na Intendência possuem caráter político e são arbitrárias. Quanto a este ponto, o intendente penitenciário, tenente-coronel Luiz Bulgari, coloca que não há perseguição.
“Não sou político. Estamos implantando um regime com hierarquia e disciplina, que antes não havia. Neste caso, aqueles agentes que não corresponderem às normas responderão por sindicância. Foi o que ocorreu no caso de algumas fugas, onde agentes se recusavam a ocupar a guarita do sistema prisional, o que pode ter acarretado em fugas de presos. Quem fragiliza o sistema tem que responder por isto. Caso sejam comprovadas as irregularidades nas fugas, as conseqüências podem ser graves”, destacou o tenente-coronel.
No caso da greve ocorrer de fato, Jarbas Souza coloca os agentes concursados – que atualmente são maioria no sistema prisional – cruzarão os braços.
“Não podemos obrigar os prestadores de serviços a parar também. Não faremos isto, pois eles correm o risco de perderem os empregos. Agora, vamos realizar piquetes nas portas dos presídios e não deixaremos ninguém entrar”, destacou o líder sindical.
Jarbas Souza informou ainda que os agentes penitenciários vão manter alguns serviços emergenciais, como escolta de presos, alimentação e casos de urgência. “Estamos agindo com responsabilidade e em busca dos nossos direitos”, salientou. Além da isonomia salarial, os agentes penitenciários discutem ainda o pagamento da insalubridade com o Governo do Estado.


Fonte: Alagoas 24 horas

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