Os agentes penitenciários de Alagoas decidiram, em assembléia, suspender o indicativo de greve desta quinta-feira. A categoria acatou a proposta do Governo, orçada em 5% de reajuste salarial, o pagamento do adicional noturno e a manutenção da periculosidade - com a possibilidade de ser renegociada na Justiça. Com este novo cenário, o salário dos servidores chega à casa dos R$ 1.299,00. No entanto, ele se consolida muito aquém do ideal para a categoria, que reivindicava um reajuste de 40% - para chegar na casa dos R$ 1,6 mil. "Estamos cientes de que temos condições de barganhar por mais. Afinal, a categoria tem duas datas-base queimadas pelo Estado", adiantou a diretora do sindicato, Rídina Mota. No entanto, a sindicalista reconhece que a conquista do adicional noturno é uma vitória. "O primeiro processo que impetramos, solicitando a aplicação do adicional, foi em junho. Estamos há quatro meses negociando. É uma ilusão pensar que se aceitarmos este reajuste o canal de negociação será mantido. O exemplo está aí, três setores primordiais do Estado parados, sem a mínima perspectiva de uma saída", concluiu a diretora.
Negociação
- Uma comissão formada por agentes penitenciários esteve reunida, por cerca de 4 horas, nesta terça-feira com o secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, e o secretário de Gestão Pública, Adriano Soares, a fim de discutirem a pauta de reivindicações da categoria. Os representantes do governo apresentaram uma proposta que inclui, entre outras coisas, o pagamento do adicional noturno na folha de outubro. A proposta contempla ainda o pagamento de periculosidade com base no regime jurídico da lei 6.772, de 23 de novembro de 2006 e o pagamento da data base com percentual da inflação do período.
Fonte: Primeira Edição por Beto Macário
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