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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Albuquerque se diz chateado com radicalização entre governo e servidores

O presidente da Assembléia Legislativa (ALE), deputado Antonio Albuquerque (Democratas), disse estar “chateado” com os últimos acontecimentos envolvendo servidores grevistas e o governo do Estado. O parlamentar disse ter participado da intermediação das negociações entre as partes até cerca de 1h da manhã, quando ficou acertada a desocupação da Secretaria da Fazenda e, apesar disso, policiais do Bope enfrentaram os servidores na manhã desta quarta-feira, 17.

Diante da situação, Albuquerque disse que, durante o contato com os servidores, prometeu trancar a pauta da Assembléia Legislativa para as matérias do governo, caso não haja o cumprimento do compromisso assumido, para o recebimento das categorias.

“Não vou fechar a Casa por ser um ato antidemocrático, mas tranco a pauta para as matérias enviadas pelo governo. Do mesmo modo, se os grevistas agirem com radicalismo, vou fechar as portas da Assembléia para recebê-los. Eu não posso intermediar um contato onde uma das partes não cumpre com o acordado, porque isso me chateia, é preocupante e me deixa triste”, concluiu o presidente da ALE.

Albuquerque estava acompanhado dos deputados Alberto Sextafeira (PSB), vice-presidente da Casa, Jota Cavalcante (PDT) e Judson Cabral (PT) e disse ter ficado “chateado” com a falta de sensibilidade do governo em negociar e com o excesso de radicalismo por parte dos servidores.

“Desde o início do ano, tenho adotado a postura de negociador, buscando intermediar o contato entre as categorias e o governo do Estado, na tentativa de encontrar saída para encerrar as greves, que só prejudicam a população. Sugeri ao governo a definição de uma agenda de negociações para chegar ao entendimento. Agora, pela manhã, fui surpreendido com uma ligação telefônica do presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Isaac Jackson, informando da invasão do Bope, o que me deixou constrangido”, disse Albuquerque.

O presidente da Assembléia reconheceu o direito de greve dos funcionários públicos, mas advertiu que muitas vezes ocorre a exacerbação dos atos, o que prejudica a negociação. “Estou aborrecido, mas mantenho a calma. Permaneço com o espírito voltado para dar a minha contribuição na busca do entendimento”, completou Albuquerque.

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