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terça-feira, 27 de maio de 2008

Privatização e suas discórdias

A privatização do sistema prisional de Alagoas movimentou a Assembléia Legislativa, que fez uma sessão pública para discutir os prós e os contra da iniciativa governamental. Mas, além dos discursos efusivos do juiz da Vara de Execucões Penais, Marcelo Tadeu, sobre a degradação e a baixeza humanas nos calabouços alagoanos, circula, já, dentro dos presídios, a empresa que vai gerir as cadeias, em caso de privatização. As pistas: por trás dela há um tenente-coronel famoso, de grande apreço na corporação. Segunda dica? A empresa não é especializada em administração penitenciária.

Seja como for, os presídios de Alagoas, através do Governo, ganham o mesmo tratamento das estradas, das escolas e do sistema de saneamento básico. Todos têm de ser privatizados, diante das expectativas quase nulas de refazimento da máquina estatal, para um dia voar. Que não seja em direção ao fundo do abismo.

Levando-se em conta as declarações do promotor da Vara de Execuções Penais, Flávio Gomes, há apenas cinco empresas no Brasil capazes, de acordo com ele, a assumir esta função. Isso para evitar os laranjas do narcotráfico, nestas empresas.

Há muitas perguntas, feitas hoje: até que ponto os recursos federais, para estas áreas estratégicas, hão de ser mantidos, considerando que o Estado se desonerou, digamos, problemático, destes setores públicos? E também como saber administrar a cobrança de taxas em serviços ofertados aos que não podem pagar por eles? Outro aspecto: os critérios a serem utilizados para a privatização. Quais serão? Na sessão da Assembléia, o Governo ainda não tinha a resposta para isso.

Fonte: Alagoas em Tempo Real
Blog do Odilon

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