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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Rubim diz que não irá admitir que agentes insuflem rebeliões


O secretário de Defesa Social Paulo Rubim mandou um recado categórico aos agentes penitenciários durante entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda, 5, na sede da Secretaria de Defesa Social.
“Não vou deixar que uma manifestação justa de trabalho insufle os presos. Se os agentes estão em estado de greve, que saiam dos presídios e não insuflem rebeliões, porque isso o Governo não vai admitir”, disse o secretário, acompanhado do tenente-coronel Luiz Bugarin, intendente-geral da Administração Penitenciária.
Rubim deu a declaração depois de informar que foi surpreendido com a decretação do estado de greve da categoria um dia após ter sido selado um acordo entre a Secretaria e os agentes penitenciários.
“O parceiro mais forte dos agentes, o mais amigo, sou eu. Jamais imaginei que eles fossem para o confronto, fossem insuflar o presídio. Vou continuar cumprindo o acordo que selamos, mas quero deixar claro que, se a greve existir, procedimentos administrativos serão adotados. Se houver paralisação, todas as medidas serão adotadas e, se for necessário, a PM será acionada para atuar nos presídios”, afirmou.
Bugarin acrescentou que, até o momento, a Intendência (A INTENDÊNCIA ??? FAÇA-ME RIR... QUEM SEGURA O PRESÍDIO SÃO OS AGENTES PENITENCIÁRIOS, EVITANDO TRAGÉDIAS E FUGAS DIUTURNAMENTE.) conseguiu evitar um tumulto, conscientizando os líderes dos módulos e garantindo o banho de sol dos presos em alguns presídios, assim como a normalização das visitas. “Por isso a cadeia ainda não se agitou, mas a paciência dos presos pode acabar e haver tumultos nos presídios”, disse o coronel, acrescentando que há um grupo de agentes do Sindicato que vem destoando da categoria e descumprindo os acordos feitos com o Governo. NÃO INFLAMA, BUGARIN...!!!!

Reivindicações
Rubim
voltou a afirmar durante a coletiva que todos os pontos da pauta de reivindicações dos agentes estão tendo prosseguimento e que, ao anunciarem um prazo de até a próxima quinta-feira para que todos os pontos estejam resolvidos, eles estão quebrando o acordo. “Eu não sou Midas para resolver todos os problemas do sistema prisional de hoje para amanhã, e eles sabem disso. O que existe é o meu compromisso em buscar as soluções”, desabafou.
O secretário destacou o que está sendo feito com relação a cada ponto pleiteado e afirmou que uma penitenciária – para jovens entre 18 e 25 anos – e uma cadeia pública para receber os presos que estão nas delegacias serão construídas com recursos do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), o mais breve possível.
Com relação ao concurso público, outro ponto pleiteado pelos agentes, Rubim falou que existem cerca de 800 agentes (SÃO APROX. 840) concursados e 352 contratados (NÃO SERIAM APROXIMADAMENTE 500 TERCEIRIZADOS????) atuando no sistema, que abriga em média 2.600 presos. “Trata-se de um agente para cada dois presos, o que é uma boa situação no contexto do sistema prisional do País”.
O secretário disse que já encaminhou ao governador o pleito da categoria para a realização de concurso para substituir os contratados, assim como já estão sendo analisados os pedidos de equiparação salarial com a polícia civil e a desmilitarização dos presídios. “Tudo isso precisa ser discutido, não pode ser de forma imediata. Um destes pontos, o da desmilitarização, é um processo de entendimento com várias entidades”, acrescentou.
Rubim disse também que outros encaminhamentos foram feitos, como a construção de hospedagens para os plantonistas, reformas das guaritas, confecção de carteiras funcionais e a compra de coletes, armamentos não letais e de armas de porte pessoal, cuja aquisição está prevista com recursos do Governo Federal.
“É meu dever procurar respostas para tudo o que ficou acertado. Estamos empenhados em buscar soluções para os problemas, mas é preciso tempo”, finalizou.

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