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domingo, 30 de setembro de 2007

Agentes penitenciários criticam terceirização em presídios


O vice-presidente da Federação Brasileira dos Servidores do Sistema Penitenciário, Luis Antônio Nascimento Fonseca, criticou há pouco as iniciativas de terceirização da gestão penitenciária em vários estados brasileiros. "É mais um cartel sendo instalado em nosso País", disse Fonseca aos integrantes da CPI do Sistema Carcerário. Ele informou que, na Bahia, uma empresa que trabalha na gestão de presídios lucrou cerca de R$ 170 milhões com a terceirização no ano passado.


O diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, Renato Neves Pereira Filho, também criticou a terceirização e disse que as empresas não querem presos de alta periculosidade e que tenham penas muito altas.O presidente da comissão, deputado Neucimar Fraga (PR-ES), anunciou que vai solicitar cópia dos contratos das empresas que terceirizam esses serviços.Fugas e mortes Luis Fonseca lamentou ainda que a sociedade só se preocupe com os problemas do sistema prisional quando ocorrem rebeliões. Ele informou que, só em 2003, foram registradas 4 mil fugas em todo o País. Além disso, acrescentou Fonseca, nos últimos cinco anos, apenas em quatro estados (Paraná, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro), foram mortos 110 agentes penitenciários.


Ele afirmou que a profissão de agente penitenciário é a segunda mais estressante do mundo, atrás apenas da profissão de mineração subterrânea. A CPI está reunida no plenário 11.






Reportagem - Mônica Montenegro/Rádio CâmaraEdição - Natalia Doederlein

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