Em audiência pública na CPI do Sistema Carcerário, o vice-presidente da Federação Brasileira dos Servidores do Sistema Penitenciário, Luis Antônio Nascimento Fonseca, criticou a falta de critérios para a entrada de crianças nos presídios. "A tendência dessas crianças ao presenciar essa realidade é, no futuro, ingressar nesse sistema cruel", disse. Ele ressaltou que a entrada das crianças é, em algumas vezes, autorizada pelo Poder Judiciário, o que é "difícil entender". Fonseca criticou também a falta de investimentos em tecnologia para a realização de revistas íntimas. "Já há recursos tecnológicos para evitar que o agente penitenciário tenha que fazer essa revista, mas são necessários investimentos", ponderou. Ele disse ainda que a realidade do sistema prisional brasileiro é bastante homogênea.Questionado pelo relator da comissão, deputado Domingos Dutra (PT-MA), Luiz Fernando confirmou que é possível um administrador penitenciário fazer uma maquiagem no local antes da visita de autoridades e sugeriu que os parlamentares procurem os sindicatos para entrar nos presídios e constatar a situação real. Renato concorda com a sugestão, mas observou que uma visita-surpresa quebra a segurança do sistema prisional, o que pode gerar uma rebelião.Os três depoentes de hoje (Fonseca, o diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, Renato Neves Pereira Filho, e o presidente da Federação Brasileira dos Servidores do Sistema Penitenciário, Luiz Fernando Correa da Rocha) pediram empenho dos parlamentares na aprovação da PEC 308/07, que cria a carreira de Polícia Penitenciária, para que os agentes passem a ter poder de polícia, restrito aos muros da penitenciária.
fonte: http://www2.camara.gov.br/
Reportagem - Mônica Montenegro /Rádio Câmara Edição - Patricia Roedel
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