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quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Agentes do IPPS estão pedindo transferência

Com o assassinato de um colega, no último domingo, os profissionais da segurança enfrentam um clima de terror

Sindicato dos Agentes e Servidores Penitenciários do Estado do Ceará (Sindasp-CE), Augusto Coutinho, revelou, ontem, ao Diário do Nordeste, que pelo menos, sete agentes estão sofrendo ameaças de morte.
´A maioria trabalha no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), mas há agentes de outras unidades também´, destacou.Com o assassinato do agente penitenciário Francisco Cléber Nobre da Silva, no último domingo, a tensão na categoria aumentou.
Conforme o sindicalista, ´o clima entre os profissionais é de muito receio, intranqüilidade, muitos pedidos de transferências para outras unidades prisionais e até mudanças de residências.
´O agente Cléber foi morto a tiros quando voltava para casa depois do plantão de domingo, em vistorias no IPPS.

Visitas

O clima de confusão que era esperado ontem de manhã no IPPS, não se confirmou. A visita aos presos acabou acontecendo dentro d e certa normalidade, embora de forma um pouco mais lenta. ´Não estamos percebendo nada de diferente.
Tem dias que demora mais mesmo´, disse uma das mulheres que aguardavam no portão da administração a hora de poder entrar na penitenciária para visitar o marido.
De acordo com o diretora-adjunta do IPPS, Terezinha Barreto, ´tudo ocorreu sem alteração. Alguns agentes penitenciários não compareceram, mas não foi por nenhum motivo diferente. Alguns estão de férias, outros de licença, talvez tenha havido um apenas que não veio por outra razão.
Mas nada prejudicou a vistoria, que conta com um número de 10 a 12 agentes´, afirmou.
Terezinha disse ainda que não sabia informar exatamente quantos agentes estavam trabalhando ontem. O coronel Taumaturgo Granjeiro, da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), sustentou que os agentes estavam trabalhando normalmente.
”Houve uma conversa dos agentes com a Secretaria de Justiça (Sejus) e o bom senso prevaleceu´. Segundo ele, um plano havia sido traçado para o caso de não haver agentes suficientes para a revista. ´Tínhamos nos preparado com policiais militares para ajudar nas revistas, mas não foi necessário´, disse Taumaturgo.

Outra versão

Já o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários deu uma versão diferente das autoridades. ´O movimento de protesto que havia sido combinado, com a paralisação dos agentes, aconteceu´. Porém, a Sejus se antecipou e levou agentes de outras unidades e pessoas de cargo comissionado para realizarem o trabalho que era para ser feito pelos agentes que paralisaram as atividades.
Ninguém do efetivo normal que estava escalado para hoje (ontem), compareceu ao serviço.Dos 16 agentes escalados para trabalhar, na última segunda-feira (12), seis voltaram para casa porque não tiveram condições psicológicas de trabalhar. Estão sendo acompanhados por psicólogos. Todos estão apreensivos e com muito medo”, desabafou.

Fonte: Diário do Nordeste

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