SINASPEN-AL

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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

De mãos beijadas...

O resgate do assaltante e seqüestrador Alexandre do Nascimento Albuquerque, 25 anos, precisa de explicações mais convincentes. Ora alguém com a periculosidade de Alexandre, ser colocado num veículo comum e levado para o médico particular no centro da cidade é algo suspeito e criminoso, porque os três agentes que o escoltavam, foram expostos à morte eminente. Um deles até agora agoniza na Unidade de Emergência, atingido com um tiro na cabeça.
Essa estória é mal contada, na minha humilde avaliação. Será que os dirigentes do sistema penitenciário não avaliam a periculosidade de cada preso antes de uma remoção? Qual o procedimento nesse caso?
Todos no presídio sabiam da periculosidade do tal Alexandre. Ele foi preso por acaso no município de Flexeiras armado até os dentes. Envolvido em assaltos e latrocínios -matou para roubar-seu vasto histórico no mundo do crime, desautorizava qualquer remoção que não tivesse uma escolta adequada.
As informações que me chegam a respeito de Alexandre são preocupantes. Ele lidera uma perigosa quadrilha que assalta, seqüestra e mata na região norte entre Alagoas e Pernambuco. O assaltante foi preso por acaso numa bliz que era realizada por PMs, meses atrás.
Como já cansei de ver esse filme, os agentes penitenciários que faziam a escolta do matador, devem ter cuidado, porque de repente alguém pode precisar deles para indiciar em um inquérito. Um gol alugado, as viaturas de remoção estavam ocupadas, isso cheira mal. São explicações que no mínimo devem provocar discussão em torno da facilidade que alguns detentos conseguem sair dos presídios.
Esta semana a imprensa noticiou que no sudeste um bandido foi resgatado e policiais mortos. Será que quem autorizou a remoção viciada não assiste TV, não lê jornais.
Alexandre é mais um daqueles “excluídos” que está nas ruas para roubar e matar. Os intelectuais de plantão, com suas idéias fincadas em livros de ficção, levam a sociedade a esse buraco sem fim.
Eles acham que nós somos responsáveis por toda a violência e que por isso precisamos ter uma convivência pacífica com estupradores, seqüestradores, ladrões e outros.
Esses intelectuais, militantes de direitos humanos, escolhem o cidadão com algoz e o bandido como mocinho.

Por Jerfeson Morais

Fonte: Tudo na Hora

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