Conforme anunciamos em primeira mão, várias esposas de presos do presídio Baldomero Cavalcanti,estão neste exato momento denunciando oficialmente ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Omar Coelho e ao coordenador dos Direitos Humanos Gilberto Irineu, o espancamento em que foram vítimas seus maridos, tendo como principal acusado o diretor do Baldomero, capitão Marcus Alencar, um chefe de segurança e integrantes do Grupo de Apoio Penitenciário, que durante mais de uma hora, realizaram uma sessão de espancamento aos presos que tentaram fugir na madrugada de sexta-feira última.
Após ouvir o relato das esposas dos presos agredidos, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Alagoas, Omar Coelho, disse que ainda hoje irá comunicar oficialmente a denuncia ao Grupo de Gestão Integrada (GGI), para imediata providência.Na carta denúncia redigida pelos presos que ocupam os módulos I, II e III, eles pedem a saída de toda a direção do presídio Baldomero Cavalcanti. Em um dos trechos da carta, eles reivindicam que o afastamento seja imediato, visando impedir um confronto direto entre agentes espancadores e os reeducandos. Eles alegam ainda que o clima está tenso. Todos os presos envolvidos estão na cela do castigo, sem poderem se alimentar.
Caso grave
Ao ouvir os relatos um a um das reclamantes, Gilberto Irineu, dos Direitos Humanos, considerou a situação grave e a iminência de um confronto se torna inevitável caso não ocorra uma providência imediata. “Nós sabemos que as sindicâncias ali existentes não funcionam, por isso, a Ordem dos Advogados do Brasil e Comissão dos Direitos Humanos, irá se movimentar o mais rápido possível para evitar derramamento de sangue dentro daquela instituição penal”, disse Gilberto Irineu.Trechos da carta enviada pelos reeducandos do presídio Baldomero Cavalcanti à OAB
“Teve pernoites que os agentes entraram atirando com crianças e mulheres de presos no módulo. Os agentes ficam xingando as visitas nos corredores de tudo que é nome. O reeducando não pode chamar os agentes que já é motivo para ser vingado, às vezes até agredido verbalmente e fisicamente. O diretor-geral faz vista grossa para tudo. Então queremos resolver esse problema da maior maneira possível, porque aqui está prestes a explodir e vai haver muito sangue derramado se vocês autoridades não tomarem as medidas possíveis.
Queremos o afastamento do diretor-geral desse presídio o mais rápido possível. E que vocês dos Direitos Humanos e OAB venham aqui ver a nossa situação. Estamos pedindo pacificamente para que não seja necessária nenhuma violência de ambas as partes”.
por Cícero Santana
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