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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Tortura no Baldomero

Conforme anunciamos em primeira mão, várias esposas de presos do presídio Baldomero Cavalcanti,estão neste exato momento denunciando oficialmente ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Omar Coelho e ao coordenador dos Direitos Humanos Gilberto Irineu, o espancamento em que foram vítimas seus maridos, tendo como principal acusado o diretor do Baldomero, capitão Marcus Alencar, um chefe de segurança e integrantes do Grupo de Apoio Penitenciário, que durante mais de uma hora, realizaram uma sessão de espancamento aos presos que tentaram fugir na madrugada de sexta-feira última.

Após ouvir o relato das esposas dos presos agredidos, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Alagoas, Omar Coelho, disse que ainda hoje irá comunicar oficialmente a denuncia ao Grupo de Gestão Integrada (GGI), para imediata providência.
Na carta denúncia redigida pelos presos que ocupam os módulos I, II e III, eles pedem a saída de toda a direção do presídio Baldomero Cavalcanti. Em um dos trechos da carta, eles reivindicam que o afastamento seja imediato, visando impedir um confronto direto entre agentes espancadores e os reeducandos. Eles alegam ainda que o clima está tenso. Todos os presos envolvidos estão na cela do castigo, sem poderem se alimentar.

Caso grave

Ao ouvir os relatos um a um das reclamantes, Gilberto Irineu, dos Direitos Humanos, considerou a situação grave e a iminência de um confronto se torna inevitável caso não ocorra uma providência imediata. “Nós sabemos que as sindicâncias ali existentes não funcionam, por isso, a Ordem dos Advogados do Brasil e Comissão dos Direitos Humanos, irá se movimentar o mais rápido possível para evitar derramamento de sangue dentro daquela instituição penal”, disse Gilberto Irineu.

Trechos da carta enviada pelos reeducandos do presídio Baldomero Cavalcanti à OAB


“Teve pernoites que os agentes entraram atirando com crianças e mulheres de presos no módulo. Os agentes ficam xingando as visitas nos corredores de tudo que é nome. O reeducando não pode chamar os agentes que já é motivo para ser vingado, às vezes até agredido verbalmente e fisicamente. O diretor-geral faz vista grossa para tudo. Então queremos resolver esse problema da maior maneira possível, porque aqui está prestes a explodir e vai haver muito sangue derramado se vocês autoridades não tomarem as medidas possíveis.

Queremos o afastamento do diretor-geral desse presídio o mais rápido possível. E que vocês dos Direitos Humanos e OAB venham aqui ver a nossa situação. Estamos pedindo pacificamente para que não seja necessária nenhuma violência de ambas as partes”.

por Cícero Santana

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